SALICACEAE

Casearia gossypiosperma Briq.

Como citar:

Eduardo Pinheiro Fernandez; Tainan Messina. 2012. Casearia gossypiosperma (SALICACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

3.678.910,186 Km2

AOO:

288,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

No Brasil a espécie ocorre nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Marquete et al., 2012) e ocorre no Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina (Torres; Ramos, 2007).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie de ampla distribuição na América do Sul; no Brasil, ocorre em diversas fitofisionomias, ao longo dos Domínio Fitogeográficos Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. <i>C. gossypiosperma</i> foi registrada dentro dos limites de diversas Unidades de Conservação, e por esses fatores, foi considerada Menos Preocupante (LC). Entretanto, como sua madeira tem uso previsto e a espécie apresenta potencial medicinal, faz-se necessária a implementação de monitoramento as suas populações e a criação de legislação de regule a utilização dos recursos deste táxon.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A espécie é conhecida vulgarmente como: laranjinha e caferana (Acre), amarelinho, pau-de-espeto, vidro, espeteiro, guassatonga e vassatonga (São Paulo), espeto-vidro e fruta-de-jacu (Minas Gerais), sardinheira-branca, behti (Rondonia) (Torres; Ramos, 2007; Marquete, 2010, Maquete et al., 2012). É facilmente confundida em herbário com Casearia luetzelburgii Sleumer, sendo diferenciada através da folha serrada com o ápice acuminado e maior tamanho, estípulas oblongo-alongadas e sem glândulas e pelas sementes sem apículo (Marquete, 2010).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: As cascas e folhas são utilizadas com fins medicinais (Torres; Ramos, 2007). A madeira pode ser utilizada na construção civil, na confecção de móveis, brinquedos e caixotaria. Pode ser também utilizada como ornamental em paisagismos (Lorenzi, 2002).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado
Fitofisionomia: Mata estacional semidecidual, mata ciliar, cerradão, campo, áreas preservadas ou perturbadas, sub-bosque, dossel ou borda (Torres; Ramos, 2007).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 3.5 Subtropical/Tropical Dry, 1.8 Subtropical/Tropical Swamp
Detalhes: A espécie caracteriza-se por árvores ou arvoretas, perenes, esciófila ou heliófita, hermafroditas, floração de Abril a Novembro com polinização por insetos e frutificação de Setembro a Novembro possuindo dispersão das sementes através de aves, a distribuição ocorre em mata estacional semidecidual, mata ciliar, cerradão, campo, áreas preservadas ou perturbadas, sub-bosque dossel ou borda em solos arenosos ou calcimórficos (Torres; Ramos, 2007; Marquete, com. pess).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
Os domínios fitogeográficos Cerrado e Mata Atlântica vem sofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa, degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilização destas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005, Klink; Machado, 2005)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Rara. Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ_PR, 1995).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Espécie com registros de ocorrência na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC Pantanal, Mato Grosso (Duarte, 104 IAC), Parque Esatdual de Ibiporã, Paraná (Rosisco, 5 FUEL), Reserva Ecológica de Águas da Prata, São Paulo (Toledo Filho, 26034 UEC) e Estação Ecológica de Paulo de Faria (Tomasetto, 270 FUEL; Tomazetto, 240 IAC).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​As cascas e folhas são utilizadas com fins medicinais para o tratamento de coceiras e contusões (Torres; Ramos, 2007). Sendo considerada antifúngica, anticolinesterásica e anti HIV do flavonóide (+)- taxifolina (Vieira Jr et al., 2008 apud Marquete, 2010).